Perguntas!

O Povo…

  • e porque não, restaurar o portal do paço?
  • e porque não, fazer investigação sob o soalho da capela quinhentista?
  • e porque não, valorizar os edifícios que estão entre o portal e a capela?
  • e porque não, estudar os dois grandes pavilhões das montarias reais?
  • e porque não, estimar e dignificar o pomar real em benefício do povo?
  • e porque não, aproveitar a ribeira e tornar um belo espaço de lazer em favor do povo?
  • e porque não, sondar os paredões de casas, defronte ao monte da borra de ferro?
  • e porque não, pesquisar em terra de aluvião as visíveis argamassas na via romana junto do tegão da ponte?
  • e porque continuar a destruir uma fonte secular a fonte do machieiro?


Resumo Histórico

 

Geograficamente, situa-se Paço dos Negros na margem direita da ribeira de Muge, o lastro ideal, e natural, no caminho romano Lisboa-Mérida, pelo norte de Lisboa. Mário Saa tem a tese de que o Itinerário XIV de Antonino Pio assentava nesta ribeira. 

Foi com a criação por D. João I, de vinte coutadas no início do século xv, nesta zona, coutada que se estendia “desde o moinho de Vasco Velho, abaixo de Raposa, até ao Pego da Curva; coutada que foi suprimida no século XVIII. 


A construção do Paço da Ribeira de Muge foi iniciada no ano de 1511, no centenário dos Paços de Almeirim. Decisão decerto devido à riqueza da fauna existente na Mata da Ribeira de Muge, vizinha de Almeirim. Pedro Matela, o responsável, pede logo nesse ano uma dúzia de escravos para servirem na construção do Paço; escravos do rei, negros que vieram a dar o nome ao Paço, e à povoação. 

Dos 15 almoxarifes que governaram a coutada, Diogo Rodrigues foi o primeiro para a construção do Paço, entre 1511 e 1514. Várias personalidades e entidades colaboraram na construção, entre elas a Casa da Mina, que negociava com escravos negros. 


De entre os muitos negros que habitaram o Paço, ficou na memória do povo, um negro que, segundo a tradição em Paço dos Negros, era conhecido como o “Rei Preto”. 

Em 1790, a rainha D. Maria I, cede a propriedade de Paço dos Negros ao Conde da Atalaia e Azambuja. 

No ano de 1880, O Conde de Atalaia, D. António Manoel de Noronha, morador na Quinta de Santa Marta, veio a arrendar o Paço a Manuel Tomé Magriço, seu locatário. Neste arrendamento teve como fiador seu pai Tomé Rodrigues Magriço. 


O aforamento de 600 hectares de Paço dos Negros deu-se nos anos de 1903 e 1904. O que se deve a D. Fernando Manoel, conde de Azambuja, solteiro, filho de D. António Manoel de Noronha. 

Após a morte de D. Fernando Manoel, em 3 de Março de 1911, sua sobrinha e herdeira, D. Bernardina Manoel, com data de 15 de Novembro de 1918, vendeu a restante propriedade, 474,1 hectares, a Manuel Francisco Fidalgo, genro de Manuel Tomé Magriço, pelo valor de 5.000$00 escudos. 


Manuel Francisco Fidalgo vem a vender em 30 de Janeiro de 1919, a Manuel da Silva Pombas e a António da Silva Pombas, dezanove dos vinte e sete prédios, pelo valor de 3.000$00 escudos. 

Teve Paço dos Negros grande crescimento habitacional com a vinda dos muitos aforadores. A escola de Paço dos Negros foi inaugurada no ano lectivo de 1948/49. 

(ME 10122020)

Presidentes de Câmara 1976 -

 






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